terça-feira, 21 de abril de 2009

Cassol e as ambulâncias

Lá na minha terra ambulância era chamada de "assistência" e só era usada quando o doente já tava virando "de cujus". Junto ia o padre com os "santos óleos". Lembrei disso porque o governador Cassol começou a dizer que a crise é braba, que não vai ter aumento de salário, que a arrecadação vai cair e porque agora resolveu distribuir ambulância. Pra mim o recado tá dado: se algum prefeito estiver sentindo que não dá mais ou que vai ter piripaco, não adianta pedir um troco. É entrar na "assistência" e tocar pra Porto Velho. Só pode ser isso. Sem grana pra mais nada, sobrou apenas para comprar a ambulância. E vai servir muito no ano que vem. Sem grana para a campanha, os candidatos vão transformar ambulâncias em urnas. Barriga d'água, espinhela caída, fratura exposta, menino empilicado, bucho quebrado, vale tudo. Doente na "ambulância" é voto garantido na urna. E pelo meio do caminho o coitado ainda vai agradecer pela estrada que o homem mandou fazer. E como dizia na YV e no rádio, "em Rondônia a saúde é a suprema lei". E tudo porque não tem grana... SUS-piro.

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